sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em adultos


Seu marido vive no mundo da lua e não presta atenção no que você diz? Ele se distrai com facilidade e precisa de ajuda para se organizar? Sua mulher mexe pés ou mãos sem parar? Está sempre atrasada e se esquece com frequência de pagar contas da casa ou de buscar as crianças na escola? Calma, antes de começar mais uma briga de casal, considere a possibilidade de procurar a ajuda de um especialista em um distúrbio chamado transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, ou TDAH — sim, aquela doença considerada exclusivamente de crianças até pouco tempo atrás. É que seu companheiro ou companheira pode sofrer desse mal.

Por longos anos, a americana Melissa Orlov sentiu na pele o drama de conviver com um portador de TDAH sem saber, mesmo trabalhando diretamente com psiquiatras da Universidade Harvard especializados em défi cit de atenção e hiperatividade. E só conseguiu dar uma guinada em seu casamento depois de reconhecer o problema do marido — e tratá-lo. “Saímos de um relacionamento verdadeiramente miserável para alcançarmos uma vida bem mais feliz”, conta a SAÚDE! a hoje consultora de casamentos. A experiência permitiu a Melissa escrever o livro The A.D.H.D. Effect on Marriage (em tradução livre, Efeitos do TDAH no Casamento), que acaba de ser publicado nos Estados Unidos.

Em seu trabalho, sem previsão de lançamento em português, a autora compara o cônjuge com défi cit de atenção a uma criança que precisa de ajuda para quase tudo. Ela relata que a distração, a desatenção e a desorganização são motivos de conflitos permanentes na vida a dois. “Essa inconstância frequente do parceiro faz com que os casais que convivem com a doença tenham um risco dobrado de se separar”, constata Melissa. Segundo a psiquiatra Gabriela Dias, pesquisadora do Grupo de Déficit de Atenção (Geda) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, há uma distribuição desigual de tarefas e responsabilidades na família. “Além da sobrecarga, o parceiro de um portador de TDAH se sente ressentido, rejeitado e ignorado porque todos confundem déficit de atenção com desleixo, preguiça e desinteresse”, explica Gabriela.

Reumatismo é doença tipicamente feminina e atinge jovens e crianças

Quando se fala em doenças reumáticas a primeira imagem que nos vem à mente é a de um idoso sofrendo com dores nas articulações. A cena, no entanto, reflete a pouca informação sobre o tema. O reumatismo é um conjunto de mais de 100 doenças diferentes que tem sintomas parecidos – como a dor e o inchaço das juntas -, mas se desenvolvem de maneira diferente.

A grande maioria acomete crianças, jovens e adultos, principalmente as mulheres. “De todo esse universo, apenas a gota e a espondiloartrite (inflamação da coluna) atingem mais os homens. No restante dos casos, elas são em maior número”, relata Luiz Carlos Latorre, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR).

Pouca gente sabe, por exemplo, que a tendinite, problema tão conhecido de jovens que passam muito tempo no computador, é uma dessas doenças. A osteoporose também. Dentro desse extenso grupo, a artrose é uma das doenças mais conhecidas. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), no Brasil são cerca de 20 milhões de pessoas com artrose, um dos tipos de doença reumática.
Neste domingo, a Sociedade Paulista de Reumatologia promove a campanha “Reumatismo é Coisa Séria”, a fim de conscientizar a população sobre a doença e alertar para a importância do diagnóstico precoce e correto
Fonte: http://delas.ig.com.br/saudedamulher/

Água ajuda a emagrecer


Depois de um período entregue às guloseimas e de noites e mais noites de descontrole diante da mesa do jantar, você nota que o peso aumentou. Aí, resolve lançar mão de medidas, digamos, reparadoras. Passa a comer menos doce, capricha no consumo de fibras e vegetais, troca o pão branco pelo integral, corta o refrigerante... E todo esse esforço não surte aquele efeito desejado depressa. Será que já se viu nessa situação? Pois então saiba o que anda alardeando um time de especialistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Eles descobriram uma estratégia simples, eficiente e barata quando o assunto é perda de peso: tomar água.

De acordo com o estudo, quem bebe dois copos do líquido — zero caloria — antes de cada refeição dá menos garfadas e, consequentemente, elimina mais quilos do que aqueles que abrem mão da fórmula H2O de emagrecimento. Para corroborar a tese, os cientistas americanos dividiram em dois grupos homens e mulheres acima do peso ou até mesmo obesos, gordos pra valer, com idade entre 55 e 75 anos. Metade dessa gente foi orientada a seguir uma dieta de baixa ingestão calórica e beber água antes do café da manhã, almoço e jantar. O restante adotou o mesmo regime alimentar, porém sem recorrer aos goles de água.

Depois de 12 semanas, o primeiro grupo havia perdido em média 15,5 quilos — um sucesso comparado aos 11 quilos do outro. “Ao tomarmos água, a leptina e o PYY, dois hormônios envolvidos no controle da saciedade, são liberados pelo estômago”, especula Danielle Fava, nutricionista de São Paulo. A leptina atua no próprio estômago, enquanto o PYY é produzido no momento em que a água chega ao intestino. São eles os responsáveis por enviar a mensagem de que estamos satisfeitos ao cérebro. Ao receber essa informação, a massa cinzenta se contentará com pratos menos fartos.

Para completar o trabalho, os cientistas da Virgínia foram checar o que tinha acontecido com os participantes da investigação um ano depois. E incrível: aqueles que continuaram tomando água antes das refeições tinham emagrecido mais. Estavam cerca de 2 quilos mais leves, em média. Só um detalhe: a estratégia funciona bem quando você molha a garganta entre uma e meia hora antes de se sentar à mesa.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da cor do verão o ano todo

Manter a pele morena, com aspecto dourado o ano todo é o desejo de muitas pessoas. No entanto, o que poucos sabem é que conseguir esse bronzeado, sem causar danos à pele e ao organismo é possível e muito simples, por meio de aplicações com cremes de bronzeamento.

Considerados uma alternativa segura, rápida e eficaz, os autobronzeadores são ideais para quem não tem tempo de tomar sol ou prefere não se expor aos raios ultravioletas. Sucesso na Europa, eles são ainda pouco conhecidos entre os brasileiros.

Faça chuva ou faça sol, os autobronzeadores garantem a cor desejada e não causam danos à saúde, como explica a dermatologista Christiana Moron. “Esses produtos tingem a camada córnea, ou seja, a camada mais superficial da pele. O efeito é proporcionado pela ação da dihidróxiacetona (DHA), que reage quimicamente com a melanina da camada córnea, deixando-a mais corada, sem prejuízos à saúde.”

Moron reforça que o processo é bem diferente dos raios ultravioletas emitidos pelo sol ou pelas câmaras de bronzeamento, que acabam estimulando a produção de melanina, acelerando o envelhecimento precoce, o aparecimento de rugas, manchas e alterações na estrutura do colágeno. “A exposição ao sol altera o DNA da célula, podendo também provocar lesões pré-cancerosas ou câncer de pele”, complementa.

No entanto, o grande desafio da utilização dos autobronzeadores é conseguir dar à pele uma coloração uniforme. E para isso, a dermatologista recomenda uma leve esfoliação durante o banho, antes da aplicação do produto. “Isso ajuda a retirar a camada morta da pele, evitando possíveis manchas.”

A aplicação dos cremes autobronzeadores é manual e pode ser feita em casa ou em clínicas especializadas. Moron explica que, a princípio, não há contraindicação para a utilização do produto. “No entanto, por ser um produto químico é bom lembrar que pode apresentar reação alérgica”, reforça a dermatologista.

Em clínicas, a aplicação pode ser feita a cada 15 dias, dependendo da tonalidade desejada. Já a manutenção caseira, pode ser em dias alternados. Para maior durabilidade da coloração, Moron indica a utilização diária de hidratantes.

Lembre-se que o fator tonalizante é meramente estético e que nos dias de exposição ao sol, mesmo com a pele bronzeada, é fundamental aplicar um protetor solar para evitar queimaduras e manter a pele saudável. E o mais importante de tudo, o que vale é você sentir-se bem.

Alguns cuidados que você deve ter ao usar o autobronzeador:

- Para não manchar mãos e cutículas, lave-as muito bem após a aplicação;

- Espere cerca de 30 minutos para secagem do produto. O contato com roupas e lençóis pode manchar os tecidos;

- Utilize hidratantes;

- Cuidado para não exagerar na dose e ficar com a coloração muito artificial.

Lembre-se: o autobronzeador não exclui o uso do protetor solar e não substitui hidratantes.


Dra. Christiana Alonso Moron é Mestre e Doutora em Dermatologia pela USP.